Silvio Profirio da Silva [1]
Graduando em Letras pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.
E-mail: silvio_profirio@yahoo.com.br
Jacineide Gabriel Arcanjo (Orientadora) [2] Mestre em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.
Nos dias atuais, uma ampla literatura tem voltado seu olhar para a questão da diversidade em suas múltimplas formas [cultural, étnica, linguística, religiosa, sexual etc.] e, por conseguinte, para a inclusão dessas temáticas nas práticas de ensino. Por esse motivo, muito tem se falado acerca da diversidade cultural, com o propósito de levar para os bancos escolares as mais diversas culturas da realidade social brasileira. Culturas estas que nem sempre tiveram espaço no currículo escolar e, conseguintemente, na práticas educativas. Diante dessa perspectiva, nem sempre essa concepção de ensino que se volta para uma perspectiva de diversidade, de heterogeneidade e de multiplicidade esteve presente no processo de escolarização brasileiro.
Graduando em Letras pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.
E-mail: silvio_profirio@yahoo.com.br
Jacineide Gabriel Arcanjo (Orientadora) [2] Mestre em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE.
Nos dias atuais, uma ampla literatura tem voltado seu olhar para a questão da diversidade em suas múltimplas formas [cultural, étnica, linguística, religiosa, sexual etc.] e, por conseguinte, para a inclusão dessas temáticas nas práticas de ensino. Por esse motivo, muito tem se falado acerca da diversidade cultural, com o propósito de levar para os bancos escolares as mais diversas culturas da realidade social brasileira. Culturas estas que nem sempre tiveram espaço no currículo escolar e, conseguintemente, na práticas educativas. Diante dessa perspectiva, nem sempre essa concepção de ensino que se volta para uma perspectiva de diversidade, de heterogeneidade e de multiplicidade esteve presente no processo de escolarização brasileiro.
Contudo, a partir de meados da década de 80, o ensino, em uma perspectiva geral, tem presenciado a consolidação de profundas mudanças nas práticas pedagógicas presentes no cenário educacional. Esse quadro tem início, em função da eclosão de inúmeros fundamentos teóricos, provenientes dos postulados das Ciências da Educação [Pedagogia] (ALBUQUERQUE, 2006; ALBUQUERQUE et al, 2008). Uma das mudanças oriundas desses postulados diz respeito à inserção de diversos aspectos da cultura popular no âmbito educacional. Em específico, a inserção de diversos gêneros textuais que lançam mão de fatores culturais. Dentre esses gêneros textuais, destaca-se, nesta escrita, a Literatura de Cordel.
A Literatura de Cordel pode ser conceituada como uma poesia de cunho/ teor popular, construída, linguísticamente, com base na cultura da raça humana (FONSÊCA & FONSÊCA, 2008). Isto é, esse tipo de literatura tem como fio condutor as produções materiais e imateriais das espécie humana, sendo marcada ideologicamente e socialmente. Ao fazer isso, o Cordel desconsidera a classe social, englobando, assim, o fazer do ser humano, independentemente, das suas origens. Ou seja, essa literatura aborda as construções/ produções humanas, sejam elas provenientes das camadas menos favorecidas economicamente, seja das camadas abastadas da sociedade.
Seus versos lançam mão de versos, métricas e rimas que abrangem diversos tipos de temáticas, tais como, histórias fictícias, lendas, mitos etc. . Algumas dessas histórias são provenientes de gerações anteriores, mas chegam aos dias atuais em função do povo e das suas memórias. No entanto, seus versos não se limitam a esse tipo de temáticas, mas também englobam aos temas de cunho social, levando para o universo escolar temáticas de suma importância para a formação dos discentes brasileiros (BENTES, 2004). Temáticas estas que contribuem para a inserção desses sujeitos na prática de ações de transformação social. Partindo desse pressuposto, a partir das temáticas abordadas pela Literatura de Cordel, ela contribui para a inserção dos alunos no exercício pleno da cidadania.
Nesse sentido, a Literatura de Cordel leva para o universo escolar novas estratégias de ensino relacionadas à diversidade cultural. Em outras palavras, essa literatura propicia um trabalho inovador, trabalhando a questão da diversidade dos grupos e suas ideologias, abordando questões de cunho social e promovendo a inserção da diversidade cultural no âmbito educacional. Com isso, o ensino passa a ser trabalhado em uma perspectiva de múltiplos olhares, transcendendo, assim, a perspectiva das atividades com um fim em si próprias e atreladas aos aspectos de reprodução.
Referências
ALBUQUERQUE, E. B. C. . Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino da língua portuguesa: apropriações de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
ALBUQUERQUE, E. B. C. ; MORAIS, A. G. ; FERREIRA, A. T. B. . As práticas cotidianas de alfabetização: o que fazem as professoras? Revista Brasileira de Educação, v. 13, p. 252-264, 2008.
BENTES, A. C.. Linguagem: práticas de leitura e escrita. São Paulo: Global - Ação Educativa Assessoria,Pesquisa e Informação, 2004.
FONSÊCA, A. V. L. ; FONSÊCA, K. S. B. . Contribuições da literatura de cordel para o ensino da cartografia. Revista Geografia, v. 17, n. 2, Londrina, 2008.
Referências
ALBUQUERQUE, E. B. C. . Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino da língua portuguesa: apropriações de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
ALBUQUERQUE, E. B. C. ; MORAIS, A. G. ; FERREIRA, A. T. B. . As práticas cotidianas de alfabetização: o que fazem as professoras? Revista Brasileira de Educação, v. 13, p. 252-264, 2008.
BENTES, A. C.. Linguagem: práticas de leitura e escrita. São Paulo: Global - Ação Educativa Assessoria,Pesquisa e Informação, 2004.
FONSÊCA, A. V. L. ; FONSÊCA, K. S. B. . Contribuições da literatura de cordel para o ensino da cartografia. Revista Geografia, v. 17, n. 2, Londrina, 2008.
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