sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vida e Obra de Maria Montessori

"O Método de Montessori"


"MARIA MONTESSORI nasceu em 31 de Março de 1870, em Chiaravalle, de uma família conhecida pelo seu fervor religioso; feitos os estudos elementares, entrou na Universidade, matriculando-se na Faculdade de Medicina; a resolução causou estranheza porque até aí nenhuma mulher ousara cursar a Faculdade: considerava-se, em toda a Itália, que não eram trabalhos a que se pudessem dedicar as mulheres, sobretudo as que tinham amor de Deus e das coisas sagradas; Maria Montessori arrostou com todas as oposições, venceu uma a uma as resistências, impôs-se pelo seu gosto do estudo; respeitavam-na os mestres e os condiscípulos, todos que a conheciam foram louvando a sua inteligência e a sua coragem; havia nela um desejo de ver claramente os problemas, uma ânsia de servir a humanidade, um poder de iniciativa que lhe preparavam uma carreira brilhante.

Em 1896, alcançou o diploma de doutoramento e começou a ver-se como uma curiosidade a primeira médica italiana; ela, no entanto, só pensava em preparar-se melhor, em entrar na sua vida profissional armada, como um bom cavaleiro, de boas armas; interessavam-lhe sobretudo as doenças do sistema nervoso e concorreu ao internato da clínica de psiquiatria; a pouco e pouco foi-se especializando: as crianças desequilibradas atraíram-lhe a atenção e a piedade, encontrava-as em grande número num hospital de doidos onde ia escolher os seus doentes; toda a sua alma se confrangia ante os pobres seres que um duro destino aniquilara e ante os quais a medicina pouco podia; uma imensa piedade a invadia e a cada passo lhe lembravam as palavras de Jesus sobre os pequeninos; também ela estava certa de que o reino de Deus se não poderia construir sem a ajuda da criança.

O seu interesse pelos anormais levara-a ao conhecimento dos trabalhos de Ittard que, no tempo da Revolução Francesa, tivera de educar um idiota de oito anos conhecido pelo Selvagem de Aveyron e que, pela primeira vez, praticara uma observação metódica do aluno, construindo depois sobre ela o seu método de educação; de Ittard passou a Montessori a Edouard Séguin, professor e médico, que fizera durante dez anos experiências pedagógicas com pequenos internados numa casa de saúde e montara a primeira escola para anormais; leu atentamente o seu livro Hygiene et éducation des idiots et autres enfants arriérés (1846), seguiu-se-lhe o trabalho feito na América para onde emigrara e onde tinha fundado escolas de atrasados e anormais; em Nova Iorque, publicara outro livro, Idiocy and his treatment by physiological method (1866), em que dava o essencial do método.

Séguin insistia sobretudo na necessidade de uma observação cuidadosa do aluno; nada devia ser feito que pudesse representar uma violência às suas possibilidades psíquicas, o mestre não devia ser um modelador mas um espírito atento, pronto a aproveitar, fornecendo-lhe pontos de apoio para que se exercesse, todo o mais leve sintoma de um despertar psicológico; como o homem que ajuda o atleta no salto, tratava-se de amparar, não de forçar; o mestre devia, portanto, ter uma preparação científica cuidada e um perfeito domínio de si próprio; ao mesmo tempo, Séguin fornecia-lhe um material que construíra depois de anos de experiência e que lhe parecia ser o mais adaptado aos interesses espontâneos do anormal; o esperar aparecia no método de Séguin como a primeira grande qualidade do professor de anormais; a segunda, era a de saber aproveitar as oportunidades, que são quase sempre únicas, de fixar e desenvolver as débeis iniciativas internas do aluno.

Em 1898, num congresso em Turim, defendeu a Montessori a tese de que os deficientes e anormais precisavam muito menos da medicina do que dum bom método pedagógico; não se punha, evidentemente, de parte tudo o que fosse tratamento do sistema nervoso, reconstituintes e tónicos; mas assegurava-se que as esperanças de qualquer desenvolvimento estavam no mestre, não no clínico; era necessário que se criasse à volta do aluno um ambiente que o ajudasse, e que os médicos desprezavam, demasiado interessados por uma terapêutica tomada em sentido restrito; não havia que internar os anormais em casas de saúde e fazê-los desfilar pelas clínicas; tinham de se construir escolas onde se aperfeiçoassem, pela observação quotidiana, os métodos de Séguin e onde, ao mesmo tempo, se pu- dessem formar os professores; porque, sem bons professores, nada se poderia fazer .

Guido Baccelli, que fora professor de Maria Montessori e ocupava então o lugar de ministro da Instrução Pública, interessou-se pela comunicação e chamou-a a Roma para uma série de conferências sobre o ensino de anormais; as conferências despertaram o interesse de todos que se dedicavam ao assunto e criaram um movimento de opinião a favor das ideias que defendia a Montessori; o facto de terem dado excelentes resultados as experiências de Séguin em Paris e na América animava os mais cépticos; havia que tentar na Itália um instituto semelhante aos de Séguin; com relativa facilidade, pôde Baccelli fundar uma Escola Ortofrénica, com internato para crianças anormais e com organização que permitia fornecer os mestres que desejassem entregar-se a tal especialidade: fixara-se bem no espírito de todos a ideia de que um mestre sem preparação compromete os resultados de um método por melhor que este seja.

Toda a vida de Maria Montessori se orientava agora para a educação dos anormais; tomava conhecimento de tudo quanto se ia publicando em Itália e no estrangeiro sobre pedagogia, aproveitava todas as sugestões que se lhe afiguravam úteis, prosseguia infatigavelmente as suas experiências com os alunos do internato; mostrava aos candidatos a professores como a tarefa que empreendiam era das mais nobres que alguém pode tomar sobre si, como a caridade, o espírito de sacrifício, a atenção, o íntimo entusiasmo, o optimismo e o zelo pelo trabalho formam o indispensável fundamento em que vêm assentar os conhecimentos e preceitos; já desde então lhe surge no espírito o pensamento de que na escola não ganham só os alunos, mas também os mestres, e de que a educação não é, como se julgara até aí, um jogo unilateral: se a escola é boa, a personalidade do mestre deve também enriquecer-se ao contacto da do aluno, mesmo que se trate de anormais, e, como veremos, sobretudo se se trata de anormais.

As viagens a Paris e a Londres puseram-na a par do que se fazia de mais moderno em outros países; já, porém, a sua escola se colocava em melhor plano do que aquelas que visitava; sentia que dentro de pouco tempo Séguin estaria superado; ao regressar, trabalhou ainda com mais vontade: dia após dia, das 8 da manhã às 8 da tarde, Maria Montessori instruía os mestres, observava os alunos, redigia as suas notas, atendia a consultas, entrava em ligação com todas as pessoas que podiam ajudá-la; mandara fabricar o material de Séguin e aperfeiçoara-o, pusera de lado o que reconhecia insuficiente, criara ela própria material novo; o esforço físico a que se obrigara prostrou-a por fim; mas os anormais que educara, submetidos a exame nas escolas públicas, prestaram provas tão boas como as dos alunos normais.

Triunfava, mas, no descanso que se impusera, um novo problema a preocupava; como era possível que alunos anormais quase batessem os normais? Só havia uma explicação: a de que as escolas de normais estavam mal organizadas, a de que os métodos eram péssimos e sacrificavam todas as possibilidades que a natureza, generosamente, tinha distribuído à maior parte das crianças; se assim era (e que dúvida poderia existir?), havia uma faina mais importante do que educar anormais: tinha que libertar os milhões de espíritos que implacavelmente as máquinas escolares diminuíam ou esmagavam; a empresa apareceu-lhe como tão grandiosa, a missão como tão bela que teve medo de se entregar por completo ao sonho magnífico; dominou-se e disciplinou-se: tinha de preparar-se cuidadosamente, antes de se lançar pelo novo caminho que se abria.

Abandonou a Escola Ortofrénica e entregou-se a uma nova leitura de Ittard e de Séguin; traduziu-lhes os livros para italiano, esforçando-se por os escrever como um calígrafo, para que cada palavra se lhe gravasse indelevelmente no espírito; durante meses, Maria Montessori medita no silêncio do seu gabinete, esforçando-se por dar às suas ideias a forma exacta e a íntima convicção que lhe seriam depois os meios infalíveis para a conquista do mundo; como um guerreiro em vela de armas, só quer no seu espírito pensamentos nítidos e puros; a linha essencial vai-se desenhando a pouco e pouco e o livro que Séguin publicara em1866 dá-lhe o traçado definitivo: o método que o francês criara era tão bom que dava resultado, mesmo quando se aplicava a alunos anormais.

A preparação, porém, não se podia considerar completa; Maria Montessori volta a ser estudante e frequenta as aulas de psicologia experimental e de pedagogia; ouvidos os professores de Roma, corre aos de Nápoles e de Milão e fixa o mínimo ensinamento, cuidadosamente o insere no seu próprio sistema, eliminando o que a experiência lhe indica como errado, modificando o que uma segura penetração do problema lhe faz ver como precipitada conclusão; as bibliotecas e os cursos conhecem-lhe a assiduidade fervorosa e, não contente com os conhecimentos que eles lhe forneciam, procura alargá-los visitando as escolas elementares do reino, inquirindo junto dos professores dos métodos seguidos e dos resultados obtidos, assistindo às aulas, manejando as classes quando lhe era possível fazê-lo.

O seu trabalho com os anormais e o interesse que demonstrava pelas questões de educação levaram o ministro a nomeá-la para a cadeira de antropologia pedagógica de Roma; era um lugar em que podia exercer uma grande influência, expondo as suas ideias sobre o ensino elementar e levando os futuros mestres a não considerarem como resolvido o problema da escola; lançar-lhes no espírito a dúvida quanto ao que se tinha feito até aí era já um grande passo; mas o que havia a fazer de positivo, não era da sua cátedra que o faria: as palavras podem preparar os espíritos, mas, nas questões de educação, só as realizações, com os resultados que ninguém pode discutir, trazem a vitória aos que se apresentam como paladinos de uma ordem nova.

Pensou em seguir o caminho que tomara com os anormais e fez diligência por que se fundasse uma Escola Normal, com classes de experiência, por onde passariam todos os alunos e mestres; as duas tarefas - a da reforma de métodos e a preparação de professores - iriam a par, como da outra vez, dando todas as garantias contra a falência por falta de formação do pessoal; a burocracia, porém, que até então se mostrara anormalmente compreensiva e pronta, pôs obstáculos que se revelaram insuperáveis; nenhum esforço conseguia vencer a espessa barreira e Maria Montessori teve, por uns tempos, de se resignar ao único meio de que dispunha para ir espalhando as suas ideias.

Mas não desanimava; sabia que, quando uma ideia e uma vida formam um todo indissolúvel e existem uma pela outra, cedo ou tarde o mundo acede à vontade invencível e se deixa modelar, oferecendo quanta vez uma riqueza de possibilidades muito superior ao que se tinha julgado; e, segundo o que pensava, a ocasião surgiu: uma empresa italiana que construía prédios para gente pobre pediu-lhe, em 1906, que ajudasse a resolver um problema importante: os pais dos pequenos que moravam nos prédios iam para o seu emprego muito cedo e quase todo o dia estavam ausentes de casa; o resultado era que as crianças, entregues a si próprias, faziam um barulho insuportável e estragavam o prédio; se Maria Montessori quisesse tomar conta do trabalho de as aquietar e entreter, estavam dispostos a ceder-lhe uma sala em cada "bloco" e a pagar-lhe o pessoal necessário.

Maria Montessori mediu imediatamente as vantagens excepcionais da oferta: em primeiro lugar não se tratava de escolas, não havendo, portanto, nenhuma espécie de exigências quanto a programas e exames; em segundo lugar, os pais não possuíam a mínima noção de pedagogia e não seriam tentados a intervir no funcionamento da sala; por fim, se o método desse resultado, teria, para a sua difusão imediata e aplicação a todas as escolas elementares, duas qualidades importantes: era barato e dava resultado mesmo com camadas de população de baixo nível cultural e de deficiente vida material.

Escolhido o prédio em que se devia fazer a primeira experiência e contratada uma professora, elaborou-se o regulamente traçado em linhas muito simples: admitiam-se todas as crianças da casa, desde os 3 aos 7 anos de idade, sem nenhum dispêndio para os pais, que apenas se comprometiam a mandá-las às horas indicadas pela directora, lavadas e com vestidos limpos; a ajudar o pessoal na sua tarefa de educação; a darem à directora as informações que lhes pedissem quanto ao comportamento da criança em casa; a acatarem os conselhos que lhes dessem os professores; os pequenos que se apresentassem sujos ou mal cuidados ou que se mostrassem indisciplinados não poderiam frequentar a sala; por último, excluir-se-iam também aqueles cujos pais faltassem ao respeito ao pessoal da Casa ou de qualquer modo entravassem a acção educativa que se empreendia com a fundação; todos os casos omissos seriam resolvidos pela directora.

A primeira Casa dei Bambini abriu em Janeiro de 1907, com instalações que ficavam muito aquém das que hoje se exigiriam numa escola bem montada, mas que davam à Montessori toda a possibilidade de fazer as suas experiências; o mobiliário era rudimentar , faltavam flores, as crianças não tinham espaço suficiente para os recreios; mas, na parede, a Madona deIla Sedia de Rafael era o símbolo de todo o carinho, de toda a inteligente dedicação, de toda a vontade criadora que se iam empregar na empresa; a professora escolhida compreendia Maria Montessori e seguia-lhe as directrizes com entusiasmo pela tarefa e confiança nos princípios do método.

Tão bons resultados deu, quanto a disciplina, a primeira Casa, que a empresa resolveu abrir outra; a 7 de Abril, inaugurou-se a segunda, pouco depois uma terceira; as perspectivas eram brilhantes porque a empresa possuía já 400 prédios, e 400 escolas Montessori seriam mais que o bastante para impor o método a toda a Itália e depois ao resto do mundo; os educadores começavam a chegar a Roma e a visitar as Case dei Bambini, regressando entusiasmados com o que se conseguia fazer: falavam de crianças novas, dos seres extraordinários de delicadeza, de precisão, de inteligência, de correcção que Maria Montessori soubera criar; nas escolas que iam montando noutras cidades, os professores mais audaciosos guiavam-se todos pelas normas montessorianas que vinham aprender nas visitas às Case .

Teresa Bontempi introduziu-as na Suíça e as escolas infantis deixaram Froebel por Montessori; pouco depois fundou-se uma escola na Argentina e, em 1910, o método penetrou nos Estados Unidos; em 1911, abriu-se uma escola em Paris e, em 1913, constituiu-se na Inglaterra uma sociedade Montessori. Ao mesmo tempo duas sociedades, uma de Milão, outra de Roma, ofereceram-se para fabricar o material necessário e a baronesa Alicia Franchetti pagava a primeira edição da Pedagogia Científica em que Maria Montessori expunha os princípios e a didáctica do seu método; e, em 1911, devido aos esforços de Maria Maraini Guerrieri, o método Montessori era adoptado nas escolas primárias de Itália.

Hoje, os livros de Maria Montessori estão traduzidos em numerosas línguas, entre as quais o chinês e o árabe; há escolas Montessori em todo o mundo, até no Tibete e no Quénia; na Itália, na Hungria, na Holanda, no Panamá e na Austrália, os governos mandam adoptar o método nas escolas oficiais e modificam as leis escolares, todas as vezes que há entre elas e o funcionamento das escolas qualquer incompatibilidade; a preparação dos mestres também não foi descuidada e em vários países existem escolas de formação montessoriana; a sociedade Montessori tem secções em todas as terras civilizadas e funda escolas, organiza conferências, cursos de férias; o movimento amplia-se cada vez mais, embora com todas as modificações que os progressos recentes da pedagogia apresentam como aconselháveis. (Agostinho da Silva, O Método Montessori, pp.11-20)

Conheça a revista Da Hora, feita por alunos da rede estadual

Igualdade e Cotas Étnicas - Aula 4

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fala Doutor - Mariana Aldrigui: Cidade Global, Destino Mundial


por univesptv
A pesquisadora Mariana Aldrigui fala sobre sua tese de doutoramento: Cidade Global, Destino Mundial: turismo urbano em São Paulo. Realizada no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a pesquisa teve como objetivo investigar se a política pública municipal de turismo da cidade de São Paulo fundamenta suas ações e estratégias nas características da atividade registrada na capital paulista.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aulas de damas nas escolas

Por leliosarcedo   
Aulas de jogo de damas nas escolas de São Caetano do Sul. Este vídeo mostra uma classe composta de crianças de até 6 anos de idade. O professor, José Carlos Alves, ex-campeão brasileiro, dá um bom exemplo de como se deve dar uma aula para crianças. As aulas são compostas de duas partes. Na primeira parte, entre 10 a 15 minutos, o professor utiliza um tabuleiro mural magnético e coloca pequenas combinações para os alunos resolverem. Os alunos recebem uma folha A4 com as posições que o professor mostrará. E os alunos precisam escrever abaixo dos diagramas as soluções corretas. Em pouco tempo eles aprendem a notação do tabuleiro e em pouco tempo eles começam a solucionar as combinações mais fáceis. Em seguida, após encerrada esta parte teórica, o professor distribui os tabuleiros e peças para os alunos e coloca-os para jogar. O professor deve tomar o cuidade de sempre estar trocando os adversários, para que os alunos se interajam mais.

Geografia Fundamental 16. Construindo o ambiente

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Assembleia dos docentes aprova manutenção da greve


Em Assembleia Geral realizada na tarde desta terça-feira, dia 7, na Faculdade de Direito, os docentes da UFF aprovaram a continuidade da greve e a luta pela retomada das negociações com o governo federal. Com a presença de 161 docentes, a Assembleia demonstrou uma forte crítica à postura do governo, de dar por encerrada as negociações, assinando um acordo apenas com o Proifes, entidade sem representatividade no movimento docente. O acordo foi rejeitado tanto pelo método de condução por parte do governo, quanto pelo seu conteúdo, que não atende a nenhuma das pautas apresentadas pelo ANDES-SN. Apenas dois professores se abstiveram, e todos os demais votaram pela continuidade da greve.

Os docentes criticaram os métodos utilizados pelo Proifes e defenderam enfaticamente a importância política da realização de assembleias presenciais, onde é possível fazer o debate político franco, apresentando-se possíveis divergências e buscando, na medida do possível, construir sínteses.
Os docentes apontaram a necessidade de algumas ações mais radicalizadas e com visibilidade, para cobrar a reabertura imediata das negociações. Paralelamente, foi aprovada a necessidade de começar a elaborar uma contraproposta, pautada pelos princípios do ANDES-SN, utilizando o montante de recursos apresentado pelo governo, sem prejuízo de seguir lutando pelo aumento deste montante. Será indicado ao Comando Nacional de Greve a convocação do Grupo de Trabalho Verbas do ANDES-SN para subsidiar este processo. Além disso, a Assembleia apontou a necessidade de dar ênfase ao segundo ponto de pauta da greve, sobre condições de trabalho e estudo, que tem sido desprezado pelo governo na negociação.
O acordo proposto pelo governo tem sido amplamente rechaçado pelas assembleias docentes realizadas em todo o país.
A próxima Assembleia Geral não foi marcada pois avaliou-se que dependeria da dinâmica do movimento, da retomada ou não das negociações com o governo e das avaliações feitas pelo Comando Nacional de Greve. O Comando Local vai avaliar a melhor data e fazer uma ampla convocação.
 
 

Greve dos professores: assembleia dos docentes da UFF aprova manutenção da greve

Em assembleia geral da Associação dos Docentes da UFF (Aduff) realizada na tarde de terça-feira, dia 7, na Faculdade de Direito, os docentes da UFF aprovaram a continuidade da greve. Com a presença de 161 professores, a assembleia manifestou forte crítica à postura do governo de dar por encerradas as negociações, assinando acordo apenas com uma das entidades sindicais, Proifes, que representa apenas sete dos sindicatos de professores de universidades federais e um de docentes de instituto federal.

Segundo comunicado emitido pela Aduff, o acordo foi rejeitado tanto pelo método de condução por parte do governo, quanto pelo seu conteúdo, que não atende a nenhuma das pautas apresentadas pelo sindicato nacional, Andes-SN, ao qual à Aduff é filiada. Apenas dois professores se abstiveram, e todos os demais votaram pela continuidade da greve.


Conselho Tutelar: Melhor e Mais Justo: Infância Roubada - 1/3

Conselho Tutelar: Melhor e Mais Justo: Infância Roubada - 1/3

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ensino domiciliar - Parte 1

Ensino domiciliar - Parte 2

Ensino domiciliar - Parte 3

O JOGO DE DAMAS PARA A EDUCAÇÃO

POR:

TRABALHO APRESENTADO À UNIVERSIDADE DE FRANCA – UNIFRAN COMO REQUISITO À OBTENÇAO DO TITULO DE PÓS – GRADUAÇAO EM JOGOS, ESTRATÉGIAS E INTERAÇÃO DE NOVAS MODALIDADES EDUCACIONAIS 
OUTUBRO de 2008 



O JOGO DE DAMAS PARA A EDUCAÇÃO 
THE CHECKERS FOR THE EDUCATION 
                             
Marcos Roberto Soares Silva 1

RESUMO 

 Raciocínio, concentração, faculdade de analisar com precisão antes de tomar decisões, criação artística, controle nervoso, o estudo sistematizado, o gosto pelos estudos, a prática desportiva saudável, são qualidades que o Jogo de Damas pode desenvolver.
 Este  trabalho tem por objetivo geral mostrar a importância do Jogo de Damas nas escolas, seja em qualquer tipo de disciplina, porque desenvolve inúmeras habilidades para a prática escolar.
 O Jogo de Damas não é apenas uma distração. É, alem disso, um importante exercício intelectual com todos os tipos de combinações de uma complexidade incomparável.
 Ele constitui uma distração sadia, que leva a criança ao treinamento da memória, à reflexão, melhorando a aplicação nos estudos, é uma prática que prende a atenção, obriga a concentrar-se a refletir muito e ter mais rapidez de raciocínio. Muitos alunos encontram neste jogo um meio de desenvolver seu potencial intelectual, que às vezes, demoraria muito para se desenvolver pela falta de estímulos adequados.

Palavra chave: Jogo de Damas e a Escola

1- Pós-graduando do Curso de Jogos, Estratégias e Interação de Novas Modalidades Educacionais


SUMMARY 

 Reasoning, concentration, university of analyzing  accurately before making decisions, artistic creation, control nervous, the systematized study, the taste for the studies, the healthy sport practice, they are qualities that the Checkers can develop.
 This work has for general objective to show the importance of the Checkers in the schools, be in any discipline type, because it  develops countless abilities for the school practice.
 The Checkers is not just an amusement. It is, haul of that, an important intellectual exercise with all of the types of combinations of a complexity incomparable.
 He constitutes a healthy amusement, that it takes the child to the training of the memory, to the reflection, improving the application in the studies, è a practice that arrests the attention, forces to concentrate to contemplate a lot and to have more reasoning speed. Many students find in this game a  middle of developing his/her intellectual potential, that sometimes, it would be long a lot to develop for the lack of appropriate incentives.

Key word: Checkers and the School

1 - Postgraduate of the Course of Games, Strategies and Interaction of New Education Modalities



INTRODUÇÃO 

 A história do Jogo de Damas envolve 40 séculos de evolução, sofreu inúmeras mudanças em seu formato, suas regras foram se adaptando a novas culturas até chegar ao formato atual, ganhando adeptos no mundo todo.
 A importância da aprendizagem e da prática deste jogo na infância e adolescência vem sendo comprovada por inúmeras pesquisas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países de terceiro mundo.  Esta atividade favorece o desenvolvimento mental das crianças, além de lhes impor uma disciplina atrativa e agradável, aumentando suas capacidades de cálculo,  raciocínio,  também de concentração. Além disso, quando este jogo é introduzido nas classes de baixo rendimento escolar, auxilia o desenvolvimento no sentido da auto confiança, visto que apresenta uma situação na qual os alunos têm a oportunidade de descobrir uma atividade onde podem se destacar e, paralelamente,  progredir em outras disciplinas acadêmicas.
 O imenso mérito deste jogo é que ele responde a uma das preocupações fundamentais do ensino moderno, ou seja, o de propiciar a possibilidade a cada aluno de progredir segundo seu próprio ritmo, valorizando assim, a motivação pessoal.


OBJETIVO 

 O presente trabalho tem por objetivo mostrar a importância de se ensinar Jogos de Damas nas escolas e também mostrar para os alunos a forma correta de se Jogar Damas.
  Desenvolver a capacidade de concentração, raciocínio com cálculos dos deslocamentos, antecipação de manobras, tomada de decisões, alem da criatividade, ousadia, improvisação, solidariedade e cooperação.
 Proporcionar aos alunos o direito ao aperfeiçoamento da pratica do Jogo de Damas, dando condições aos mesmos de participarem de eventos esportivos.

Promover através da pratica desportiva a interação e o intercâmbio dos participantes, ampliando-lhes a oportunidade de socialização e aquisição de hábitos saudáveis.
 Promover o crescimento do esporte com o surgimento de novos talentos.
Do ponto de vista pedagógico é inegável que esse esporte estimula pelo menos cinco capacidades do desenvolvimento cognitivo;
1. raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um objetivo:
2. organizar uma variedade de elementos para uma finalidade:
3. imaginar concretamente situações futuras próximas:
4. prever as prováveis conseqüências de atos próximos e alheios e
5. tomar decisões vinculadas a resolução de problemas.



METODOLOGIA 

 O ensino deve estruturar-se em experiências significativas que envolvam a forma integrada do pensar.
 O processo de ensino aprendizagem será desenvolvido a partir de experiências e do conhecimento prévio do aluno para chegar à sistematização do conhecimento. O trabalho privilegiará a prática dialógica onde o mediador destes conhecimentos será o professor, buscando sempre alcançar os objetivos estabelecidos.

1. ATIVIDADES

História do Jogo de Damas, primeiros passos para iniciantes, conhecendo o tabuleiro, fundamentos da combinação, as principais regras, a notação, a combinação, o valor do centro, a oposição, a força da dama, o bloqueio da dama, a prisão da dama, a forçada ou pé de galinha.

2. DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento destas atividades foram realizadas durante as aulas de A.C.D. ( atividades curriculares desportivas ) da E.E. Agnes Liedtke  e também do Programa Conexão Esporte.


3. PROGRAMA CONEXÃO ESPORTE

O programa capacitou professores das disciplinas de Matemática e Educação Física, estes professores foram orientados através  do Ensino a Distância nas disciplinas de Jogos de Damas e Xadrez, depois tiveram de capacitar alunos para fazer o curso, um total de 120 alunos.

     3.1 - Principais desafios com a Educação a Distância:
             Foi o manuseio da tecnologia, não tinha pratica com computador e foi muito difícil no inicio.

     3.2 - Desafios com os conteúdos:
            Os conteúdos foram ótimos.

     3.3 - Desafios com a tutoria:
             Na tutoria a maior dificuldade foi na captação dos alunos, não consegui o número desejado de 120, achei que seria fácil, mas  na hora da captação percebi que seria muito difícil, 70% dos alunos da escola não possuem computadores, 10% possuem mas não tem acesso a internet, dos computadores da  escola temos dez dos quais seis estavam quebrados. Consegui 45 alunos dos quais coloquei nos dois cursos,conseguindo um total de 90 alunos.
            Quando iniciamos os cursos tivemos problemas com a conexão de internet local,é uma conexão via rádio cedida gratuitamente pela Prefeitura Municipal para toda a cidade. Não era possível ouvir as explicações dos tutores e demorava muito carregar as aulas. Os alunos foram se desmotivando e o professor também. Este foi o principal problema encontrado nesta tutoria.

      3.4-  Pontos fortes na tutoria:
              Muitos dos meus alunos já conheciam as aulas do Curso de Jogos de Damas, pois temos em nossa escola três aulas por semana de Jogos de Damas  ( A.C.D. ), a escola é  Tri-Campeã Estadual de Jogos de Damas, e o ponto forte desta tutoria foi o dia a dia, pois são meus alunos e todos os dias estamos juntos.

      3.5-  Pontos fracos da tutoria:
               Foi não conseguir o numero desejado de alunos e também não conseguir que todos os alunos concluíssem o curso.

      3.6- Desenvolvimento pessoal:
           

              Meu desenvolvimento pessoal foi bom, consegui concluir os cursos, mas fui  “derrubado” pela internet gratuita. 

      3.7-  O relatório de desenvolvimento dos alunos será anexado ao final.




CONCLUSÃO 

 Implantar o Jogo de Damas nas escolas não é tarefa fácil, pois vai esbarrar em diretores e professores que pensam que o professor esta enrolando, está brincando com os alunos. É tarefa de todos nós profissionais envolvidos com os Jogos de Damas e também o Xadrez, mudar esta visão e vencer as resistências. A iniciativa destes cursos é um ótimo caminho para a mudança. Os conteúdos dos cursos foram ótimos. 
 A escola é o caminho para este curso sim, foi aprovado deve continuar com novos professores, mas as escolas devem ser estruturadas. Há muita propaganda dizendo que as escolas estão informatizadas com laboratórios de informática, mas a realidade é outra. O meu maior problema durante a tutoria foi este, a falta de estrutura em minha escola. 
 Uma idéia ou sugestão para o próximo curso, que ele tenha mais aulas práticas, jogos um contra o outro para testarem o conhecimento e também fazer amigos. 
 O caminho é este na escola porque a criança gosta de jogar, isto é evidente, mas jogar na escola é muito melhor e possibilita o envolvimento de um maior número de crianças, pois dá oportunidade a todos. 

REFERÊNCIAS 


ABC do Jogo de Damas ....C.A. Ferrinho 1996

A historia do Jogo de Damas 


Confederação Brasileira de Jogos de Damas

Plano Anual de Ensino Educação Física 2008

Plano Anual Turmas de A.C.D. Jogos de Damas 2008


http://www.institutoox.com.br/ibtf/conexao/artigos/marcos_roberto.pdf