A insatisfação dos trabalhadores em educação estaduais com o governo  do Estado de Rondônia pode ser verificada no primeiro dia de greve da  categoria com a adesão de 80% dos profissionais. De acordo com  levantamento feito pelo Sintero, a greve atinge escolas estaduais nos 52  municípios e seus distritos. Em algumas localidades todas as escolas  fecharam nesta quinta-feira, dia 23/02.
Os trabalhadores em educação estaduais decidiram entrar em greve  depois que tiveram negado por parte do governo o atendimento das  reivindicações: aumento salarial de 15% no vencimento básico; aumento de  100% na gratificação de unidade escolar que hoje é de R$ 90,00 para  técnicos administrativos, R$ 130,00 para professores em sala de aula e  de R$ 150,00 para professores lotados em outros setores das escolas;  envio do Plano de Carreira à Assembleia Legislativa em março; auxílio  alimentação no valor de R$ 250,00; destinação mensal de R$ 500 mil para  pagamento da licença prêmio com critérios a serem definidos pela  categoria em assembleia; e garantia do pagamento do auxílio saúde aos  aposentados no valor de R$ 150,00. 
Nesta quinta-feira foram realizados atos públicos e manifestações de protesto em várias localidades do Estado. A maior manifestação ocorreu em Porto Velho, em frente ao Palácio do Governo, onde os trabalhadores em educação se reuniram para protestar.
Nesta quinta-feira foram realizados atos públicos e manifestações de protesto em várias localidades do Estado. A maior manifestação ocorreu em Porto Velho, em frente ao Palácio do Governo, onde os trabalhadores em educação se reuniram para protestar.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que o governo não  está se negando a dialogar, mas a proposta de aumento salarial de 6,5%  foi prontamente rejeitada pela categoria. Nesta sexta-feira está  prevista mais uma assembleia com concentração na Praça das Três Caixas  D’Água, de onde os trabalhadores deverão sair em passeata pelas ruas  centrais de Porto Velho.
A direção do Sintero não descarta a realização de atos de protesto em  frente à Seduc com a participação de caravanas de todo o Estado. Os  trabalhadores em educação permanecerão em greve pelo menos até o dia 1º  de março, quando está prevista uma nova audiência com o governador  Confúcio Moura para discutir a pauta de reivindicações. O resultado da  audiência será avaliado pelos trabalhadores em assembleia. Se não houver  um acordo, a greve poderá continuar por tempo indeterminado.
Durante a manifestação o presidente do Sintero reiterou que a  educação representa mais da metade dos servidores públicos, mas conta  com recursos limitados para pagar folha. A educação conta com apenas 25%  do orçamento do Estado para construir escolas, custear todas as  despesas de manutenção das escolas e das Representações de Ensino, pagar  o transporte escolar e todas as demais despesas da educação. “Isso faz  com que sobre poucos recursos para a folha de pagamento e o governo vive  dizendo que não tem como aumentar os salários”, disse Manoel Rodrigues.
Para o sindicalista, a situação vai mudar quando o governo aumentar o  percentual de investimento na educação ou utilizar recursos do  orçamento para as despesas. “25% é o mínimo que a lei exige de  investimentos na educação. Infelizmente o governo toma o percentual  mínimo como teto. O governo precisa aumentar os investimentos na  educação e fazer como em outros Estados, onde o percentual chega a 30%  do orçamento”, disse.
Municipais
Além de coordenar a greve dos trabalhadores em educação estaduais, a  direção do Sintero também coordena a greve dos trabalhadores em educação  municipais de Porto Velho. Nesta quinta-feira a categoria realizou  manifestação em frente à Prefeitura para cobrar uma resposta do prefeito  à pauta de reivindicações.
Nesta sexta-feira os trabalhadores em educação municipais se unem aos  estaduais para uma manifestação pelas ruas de Porto Velho. A categoria  permanece em greve até o dia 28 de fevereiro, enquanto aguardam uma  reunião com o prefeito Roberto Sobrinho. Após a resposta do prefeito uma  nova assembleia de avaliação será realizada. Se a resposta não for  satisfatória, a greve poderá continuar por tempo indeterminado.
Autor: Assessoria do Sintero
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