O Ministério de Relações Exteriores sírio negou qualquer  responsabilidade na morte de dois jornalistas estrangeiros na  quarta-feira, já que eles se encontravam no país de forma ilegal,  informou a agência oficial de notícias "Sana".
    "Rejeitamos todas  as declarações que sustentam que a Síria é responsável pela morte de  jornalistas que se infiltraram no país por seu próprio risco e sem que  as autoridades sírias tivessem conhecimento de sua entrada ou  paradeiro", disse o porta-voz de Relações Exteriores em comunicado.
     Segundo o Ministério, os jornalistas estrangeiros devem respeitar as  leis sírias, assim como evitar entrar em território sírio ilegalmente  para chegar a lugares "turbulentos e inseguros".
    Na  quarta-feira, a jornalista americana Marie Colvin e o fotógrafo francês  Rémi Ochlik perderam a vida em um bombardeio sobre a cidade de Homs, no  centro da Síria, após ter entrado no país sem a permissão das  autoridades.
    O Governo sírio afirmou que se os jornalistas  ingressam na Síria conforme a legislação obterão as "facilidades do  Ministério de Informação e conselhos sobre a situação antes de se  dirigir a algum lugar".
    Este Ministério permitiu a entrada no  país de cerca de 200 delegações da imprensa nos últimos dois meses, de  acordo com o responsável de Relações Exteriores, que ofereceu suas  condolências às famílias dos jornalistas mortos e às empresas onde  trabalhavam.
    Colvin, que trabalhava para o "The Sunday Times",  e Ochlik, para a revista "Paris Match", se encontravam em um edifício  de Bab Amro que foi alcançado pelos bombardeios, segundo informaram  ativistas sírios à Agência Efe. Outros jornalistas teriam ficado  feridos.
    Os opositores sírios calculam que mais de 8.500  pessoas morreram pela repressão governamental desde o início dos  protestos na Síria em março de 2011, enquanto o regime culpa supostos  grupos terroristas da responsabilidade pela violência. 
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