Em pleno Carnaval, a PM sob comando do tucano Geraldo Alckmin  voltou a atacar na Universidade de São Paulo (USP) – numa ação de  surpresa, traiçoeira, similar à desfechada com violência contra os  moradores do Pinheirinho, também num calmo domingo. O blog “USP em  greve” divulgou pela manhã um comunicado pedindo solidariedade urgente:
“Hoje, por volta das 5h, a Tropa de Choque entrou na USP e fez a reintegração de posse da Moradia Retomada. Sabemos, por enquanto, que 12 estudantes foram presos e levados ao 14º DP em Pinheiros”. A presença da PM na USP já está virando rotina, relembrando o período da ditadura militar. No ano passado, a polícia ocupou o campus para reprimir um protesto estudantil.
Relato chapa-branca da Folha
Segundo o relato chapa-branca do sítio da Folha, “PM auxiliou, na  manhã deste domingo, a reintegração de posse de um prédio da USP que  estava ocupado por um grupo de estudantes desde março de 2010. A  reintegração ocorreu no Bloco G da USP. Havia apenas 12 estudantes no  local, que saíram pacificamente. O imóvel foi lacrado”. A Folha tucana  não dá destaque para as prisões.
Ainda segundo o jornal, a “invasão do prédio” visava reivindicar  melhorias nas condições da residência estudantil e os ocupantes já  sofriam pressão. “Seis estudantes que participaram da ocupação foram  expulsos da universidade no fim do ano passado. Entre eles dois alunos  da ECA (Escola de Comunicação e Artes) e quatro da FFLCH (Faculdade de  Filosofia Letras e Ciências Humanas)”.
Regimento da ditadura militar
A desocupação deste domingo foi feita com base no artigo 249 do  draconiano Regimento Interno da USP, instituído por decreto em 1972, no  auge da ditadura militar. Ele determina “pena de eliminação definitiva  nos casos em que for demonstrado, por meio de inquérito, ter o aluno  praticado falta considerada grave”, como “promover manifestação ou  propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como  incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos  escolares”.
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