Segundo a instituição paulista, 2.338 doutores se formaram lá em 2010.
Ranking chinês mostra que USP se sai melhor nos quesitos quantitativos.
Cidade Universitária da USP (Foto: Divulgação/USP)
Apesar de não estar entre as 100 melhores universidades do mundo, segundo o ranking 2011 da Universidade de Comunicações de Xangai (Jiaotong), a Universidade de São Paulo (USP) é a que mais forma doutores entre 682 instituições de ensino superior avaliadas. Segundo o anuário estatístico da universidade, em 2010 a USP outorgou 5.830 diplomas de pós-graduação, sendo que 3.492 foram títulos de mestrado e 2.338 de doutorado.
O Ranking Acadêmico de Universidades Mundiais (ARWU, na sigla em inglês) foi divulgado em agosto de 2011 e colocou a USP que está no grupo entre a 101ª e 150ª melhores universidades do mundo. O ranking não dá uma colocação exata das instituições a partir das cem primeiras.
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O pódio foi ocupado em 2011 por três universidades dos Estados Unidos: a Universidade Harvard, a Universidade Stanford e o Instituto de Tecnolgia de Massachussets (MIT).
A universidade paulista é a brasileira mais bem colocada e, apesar de não ter aparecido entre as cem melhores, conseguiu se sobressair no número de doutores formados no ano anterior, métrica usada pela metodologia do ranking. Segundo a lista, Universidade da Jordânia, que ficou fora da lista das 500 melhores, ficou na segunda colocação, e a Universidade de Tóquio teve o terceiro maior número de títulos de doutorado emitidos no ano anterior à avaliação. A instituição japonesa é a 21ª no ranking geral.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que teve 826 teses de doutorado concluídas em 2010, segundo seu anuário, ficou na 38ª colocação. Veja a lista completa do quesito.
Quantidade X qualidade
Segundo a comparação de dados feita pela Universidade de Comunicações de Xangai, a universidade paulista, por seu tamanho e abrangência de áreas do conhecimento, acabou se saindo melhor nos quesitos quantitativos do que nos itens qualitativos levados em consideração no ranking (veja a análise específica da USP, em inglês).
Segundo a comparação de dados feita pela Universidade de Comunicações de Xangai, a universidade paulista, por seu tamanho e abrangência de áreas do conhecimento, acabou se saindo melhor nos quesitos quantitativos do que nos itens qualitativos levados em consideração no ranking (veja a análise específica da USP, em inglês).
Um exemplo é o rendimento anual e o financiamento para pesquisa. De um total de 637 instituições de todo o mundo, a universidade paulista é a terceira que mais recebe financiamento externo para atividades de pesquisa. De acordo com a Agência de Notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), 47,87% do dinheiro investido pela fundação em 2010 - R$ 277,3 milhões - foi destinado especificamente a pesquisadores da USP. Apesar desse montante, em relação ao orçamento anual das universidades, a USP cai para a 48ª colocação entre 683 instituições avaliadas no quesito.
Quando o rendimento da universidade é dividido pelo número de estudantes matriculados, a instituição paulista despenca para a 423ª colocada entre 669 instituições. De acordo com o anuário da USP, 88.962 estudantes de graduação e pós-graduação estavam matriculados em 2010, ano em que o orçamento da instituição foi de R$ 3,38 bilhões.
Apesar de ter outorgado mais títulos de doutorado em 2010 que qualquer outra universidade, a USP é a 21ª no número de professores doutores em relação ao total de docentes e a 73ª na relação entre doutorados outorgados e quantidade de professores.
Ela também é a quinta entre 1.181 universidades na quantidade de artigos de ciências e ciências sociais publicados. Mas, quando o número de artigos publicados é dividido pelo número de professores, a posição da USP cai para a 209ª posição, entre 774 que forneceram os dados.
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